sexta-feira, 29/março/2024
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Cuiabá: VLT nem foi concluído e tarifa apresenta aumento de 386% na tarifa

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A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) apontou aumento de 386% no valor da tarifa do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em apenas três anos. O levantamento mostra que enquanto em 2011 o custo por passageiro do VLT era R$ 0,80, este ano o valor apresentado foi de R$ 3,89. As informações compreendem Nota Técnica da Controladoria Geral da União (CGU), que analisou o relatório final da Rede Integrada de Transporte Coletivo, entregue pela Secopa em maio deste ano.

Outro apontamento feito pela CGU detalha que, enquanto no primeiro projeto apresentado pela Secopa, os gastos mensais do VLT seriam de R$ 2,2 milhões ao mês, no atual documento o valor passou para R$ 6,1 milhões, ou seja, 73,8 milhões por ano. Os dados apresentados à CGU ainda destacam o Bus Rapid Transit (BRT), primeiro modelo de modal apresentado para a Copa do Mundo em Mato Grosso, como sendo mais econômico. Consta no documento que os valores para operacionalização do BRT seria de apenas R$ 3,5 milhões.

O assessor técnico de Mobilidade Urbana da Secopa, Rafael Detoni, afirmou que já está nas mãos da Agência Metropolitana documento com cinco modelos de concessão para o transporte público de Cuiabá e Várzea Grande, juntamente com o VLT. Segundo ele, a Agência e os prefeitos das duas cidades deverão definir qual o melhor modelo a ser aplicado. Detoni reforçou que qualquer um dos serviços deverá incluir os atuais contratos vigentes de Cuiabá e Várzea Grande em relação ao transporte coletivo. O profissional também reforçou que os custos das gratuidades já estão embutidos nos valores da tarifa. Exemplo disso são as passagens de estudantes de Cuiabá e idosos.

O assessor da Secretaria também explicou que devido ao sistema de transporte ser integrado, o valor da tarifa não pode ser validada apenas pelos custos do VLT. Segundo ele, o gasto para cada passageiro seria de R$ 3, sendo R$ 3,89 o custo da passagem do novo modal, e R$ 2,70 o valor dos ônibus. “A composição de uma tarifa de transporte é formada pela divisão entre os custos de operação e o número de passageiros pagantes. Dessa forma conseguimos chegar a um valor final. No caso do sistema de Cuiabá e Várzea Grande, somado ao VLT, o valor seria R$ 3”.

O governo do Estado, por meio de nota, explicou que o entendimento da CGU sobre o VLT ser deficitário, é contradito pela Secopa, que reforça a existência de “viabilidade econômica desde que o sistema funcione integrado, ou seja, com as redes alimentadoras de ônibus e vans abastecendo o novo modal”. O Executiva ainda entende a necessidade de serem destinados investimentos públicos para contemplar a população usuária do transporte coletivo de massa, para que esta então possa ser atendida com serviços de qualidade, uma vez que o mesmo é remunerado pelo próprio usuário. “Por isso do investimento de R$ 1,5 bilhão no novo sistema, o VLT”, destaca trecho da nota.

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