A Prefeitura de Cuiabá já cadastrou 340 imigrantes que residem na cidade e necessitam dos serviços e programas da rede sócio-assistencial. O cadastramento foi iniciado no dia 25 deste mês e segue até o dia 1º de julho, com o objetivo de fazer um diagnóstico sobre o número de imigrantes, países de origem, a situação em que vivem e suas principais necessidades.
O cadastramento aconteceu em dez bairros simultaneamente e os imigrantes responderam um questionário que verificou quantos estão trabalhando, quantos estão em trabalho formal, qual a renda, quantos possuem acesso a saúde, qual o tipo de moradia em que residem, os meios de transporte que utilizam, como têm acesso à alimentação e quais conseguem falar e escrever em português.
Ao todo, foram cadastradas 340 pessoas, totalizando 197 cadastros, pois estes são feitos por família. Conforme o perfil dos imigrantes, eles são de origem haitiana (192), senegalesa (4) e dominicana (1). Quase metade deles (98) não fala português, 99 estão desempregados e 186 moram de aluguel. A maioria reside em três bairros: Leblon (35), Pedregal (20) e Parque Cuiabá (16).
De acordo com o secretário de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, José Rodrigues Rocha Júnior, de posse desse diagnóstico, o município já iniciou ações emergenciais para atender a este público, no que diz respeito a empego e alimentação, além de reforçar o atendimento no Centro de Pastoral para Migrantes.
A instituição oferece moradia, refeições e atendimento médico, além de aulas de português e encaminhamentos para o mercado de trabalho. O tempo de permanência na casa é de dois meses, durante os quais o abrigado deve arrumar um emprego e, assim, ter condições de deixar a unidade.
“Já estamos iniciando o processo de articulação com outras políticas públicas. Já estive em reunião com o secretário de Trabalho, Alex Jony, para que eu possa orientar os imigrantes sobre o mundo do trabalho, como se regularizar, ter acesso a postos do Sine, cursos de qualificação profissional e idiomas. Ou seja, já estamos nos articulando para atendê-los de imediato”.
Além disso, a secretaria vai iniciar a visita in loco nas residências informadas pelos imigrantes durante o cadastramento, para identificar quais deles possuem necessidade de receber cestas básicas, de modo a garantir o mínimo de condição de subsistência. “Vamos ainda incluí-los no Cadastro Único de Programas Sociais, para que eles possam vir a receber recursos do Bolsa Família e tenham condições de comprar seu próprio alimento. Essas são algumas das medidas já iniciadas”.