Caminhoneiros liberaram, esta manhã, o tráfego para veículos com cargas (caminhões e carretas) nos três pontos bloqueados na BR-364, em Rondonópolis e Diamantino. Nestas duas cidades o tráfego ficou liberado das 9h ao meio-dia, porém, no início da tarde, os bloqueios foram retomados. Em Nova Mutum, os caminhoneiros, concentrados na BR-163, fazem um intervalo nas interdições, desde as 14h, com previsão de novo bloqueio a partir das 20h.
Além de Diamantino e Rondonópolis, há manifestos também na BR-364, em Alto Garças, onde, até o momento, não houve pausas nos bloqueios. Na BR-163, não há previsão de liberação em Lucas do Rio Verde e Sorriso. Em Guarantã do Norte, também na BR-163, manifestantes liberaram o tráfego a partir das 18h e ainda não há previsão para reinício dos bloqueios. A MT-358, em Tangará da Serra, também continua bloqueada, sem previsão de intervalo. Apenas carros, ônibus e motos passam normalmente.
Motoristas de caminhões e carretas estão fazendo reuniões, em Sinop, porém, até o momento, não há bloqueio no município e nem previsão se os mesmos irão aderir ao movimento. Por enquanto, o tráfego na rodovia federal no município segue normal.
Conforme Só Notícias já informou, ontem, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a resolução instituindo o procedimento para elaboração da tabela referencial dos custos, cobrado pela categoria. A norma define que os estudos deverão ser submetidos à audiência pública, com parâmetros de referência em vigência de 12 meses, revistos anualmente. Porém, o órgão poderá rever os valores a qualquer momento.
Apesar da oficialização, um dos representantes do movimento do setor em Mato Grosso, Júnior Boscoli, reforçou que os bloqueios em rodovias continuam até o governo oficializar uma tabela para entrar em vigor em todo o Brasil. “Se o governo nos chamar para discutir, vamos conversar. Mas os bloqueios seguem até uma tabela ser definida, assinada e publicada. Não vamos mais acreditar em conversinha, porque foi o que houve até aqui. A tabela precisa ser aprovada pelo movimento no Brasil inteiro, não só por um Estado, como aqui, por exemplo”, disse ao Só Notícias.
Os bloqueios nas rodovias de Mato Grosso e alguns estados brasileiros foram retomados, na quinta-feira (22), após uma reunião entre caminhoneiros e ANTT terminar sem acordo sobre a instituição da tabela de frete. O preço mínimo do frete considera os gastos com o caminhão no transporte como pneus, taxas e combustível. Um dos exemplos apresentados é de um trecho de 600 quilômetros, que corresponde aproximadamente o trajeto de Lucas do Rio Verde a Rondonópolis, em que o preço da tonelada seria de R$ 103,83. Hoje, conforme a representatividade do setor no Estado, o valor é de R$ 90, na safra.
Na primeira manifestação dos caminhoneiros, em fevereiro, houve desabastecimento de combustíveis, gás de cozinha e outros produtos em várias cidades do Nortão. Situação que deve voltar a ocorrer novamente com estes novos bloqueios.
(Atualizada às 18h39)