sexta-feira, 19/abril/2024
PUBLICIDADE

Real Madrid vence San Lorenzo e volta a ser campeão mundial

PUBLICIDADE

O maior campeão europeu voltou a ser também o time mais vezes campeão do mundo. Desafiado pelo San Lorenzo, último vencedor da Copa Libertadores e adoração terrena do Papa Francisco, o poderoso Real Madrid se valeu de um cabeceio de Sergio Ramos – que havia dito jogar no "time de Deus" – e de uma falha bisonha do goleiro adversário para vencer por 2 a 0 a final e conquistar no Marrocos seu quarto título de melhor do mundo.

As três vitórias anteriores (1960, 1998 e 2002) não eram suficientes para colocá-lo no topo da lista desde 2003, quando o italiano Milan se isolou ao ganhar o tetracampeonato. Vice, o San Lorenzo aumenta para 12 anos o jejum do futebol argentino, campeão nove vezes na história – a última delas em 2003, com o Boca Juniors (detentor em três oportunidades do troféu, anteriormente classificado como intercontinental).

Para voltar a dominar o mundo ao lado do Milan, o time treinado por Carlo Ancelotti, além de ter derrotado o Atlético de Madrid na decisão da Champions League, já havia passado com facilidade pelo mexicano Cruz Azul (4 a 0), na semifinal do torneio em Marrocos. Representante da América do Sul, a equipe do técnico Edgardo Bauza, ao contrário, sofreu diante do semiprofissional Auckland, da Austrália, antes de tentar medir forças contra a formação de Cristiano Ronaldo e companhia.

Claramente sem a mesma força, a proposta argentina foi de se defender. Proposta que quase ficou comprometida ainda no primeiro minuto da final. Após saída errada de jogo, Kroos tomou bola para o Real Madrid na intermediária ofensiva e abriu para Cristiano Ronaldo, que invadia a área pelo lado esquerdo. O português bateu cruzado, sem a direção correta, e Benzema quase completou para a rede, mas não conseguiu o toque.

O primeiro arremate a gol não demorou muito mais tempo, porém. Aos quatro minutos, Cristiano Ronaldo arriscou cobrança rasteira de falta de muito longe, e Torrico teve a defesa facilitada por conta de desvio no meio da área. Dois minutos depois, o goleiro precisou se mexer novamente para sair nos pés de Benzema, quase na linha de fundo, e evitar que o atacante francês concluísse boa jogada iniciada em longo lançamento de Sergio Ramos.

Acuado, o San Lorenzo suportava a pressão com ajuda de algumas entradas mais fortes que irritavam os jogadores da equipe espanhola. O primeiro cartão amarelo, recebido por Ortigoza, saiu com 11 minutos. Cinco minutos depois, o árbitro não aceitou a reclamação acintosa de Barrientos e deu a segunda advertência para os argentinos. Sergio Ramos, inconformado com a catimba e a rispidez adversária, não deixou por menos, cometendo falta com violência e igualmente levando cartão. Logo em seguida, já pendurado, ele se conteve ao levar um tranco.

Com dificuldade para vazar essa marcação à frente da área, o Real Madrid tentou variações. Uma delas foi finalizar de longa distância, com Benzema. Torrico não segurou o forte chute, porém completou a defesa em dois tempos. Pouco depois, cara a cara com Bale, em um raro contragolpe bem encaixado pelo time espanhol, o goleiro espalmou arremate pela linha de fundo. Mas, na cobrança de escanteio, Sergio Ramos saltou e cabeceou no canto esquerdo baixo para abrir o placar aos 35 minutos. Lance parecido com a da decisão da Champions League, quando assegurou prorrogação contra o Atlético Madrid com gol no fim do tempo regulamentar.

O campeão europeu continuou em cima, em busca de vantagem ainda maior. Antes do intervalo, entretanto, em vez de comemorar mais uma vez, o técnico Carlo Ancelotti lamentou lesão muscular do brasileiro Marcelo, que se machucou sozinho e precisou dar lugar a Fábio Coentrão. Sem novas mudanças, o Real Madrid voltou ao segundo tempo com o mesmo ímpeto da etapa inicial e, logo aos cinco minutos, ampliou: Bale recebeu passe completamente livre dentro da área, finalizou fraco e viu Torrico permitir o segundo gol, mesmo soberano no lance.

Daí em diante, o dono da Europa administrou o placar sem muito esforço. O único pecado do “time de Deus”, como Sergio Ramos havia classificado o Real Madrid ao ser questionado se temia o “time do papa”, foi ceder à pressão nos minutos finais. Só que Iker Casillas fez duas ótimas defesas, livrou a equipe espanhola de um sufoco infernal e pôs fim à crença argentina.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Abertas inscrições para GP de ciclismo em Lucas do Rio Verde

Atletas que praticam modalidade de ciclismo speed, em estradas...

Luverdense anuncia treinador para disputa do Mato-grossense Sub-20

O Luverdense iniciou na semana passada a preparação para...
PUBLICIDADE