sábado, 20/abril/2024
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UFMT suspende reajuste nos preços do restaurante universitário; greve deve acabar em Sinop e Cuiabá

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A decisão de suspensão do reajuste no valor do Restaurante Universitário na Universidade Federal de Mato Grosso até dezembro foi encaminhada, ontem, aos estudantes da instituição como forma de garantir o debate com a comunidade acadêmica. No documento enviado pela reitoria aos comandos de greve dos estudantes e Diretório Central dos Estudantes (DCE’s) do campus de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Araguaia e Rondonópolis, há o compromisso de construir, por meio do Conselho Universitário (Consuni), uma nova política de alimentação a partir do próximo ano. Para isso, será necessária a readequação de despesas desse ano, para garantir o funcionamento da universidade. “Nas audiências públicas e nos espaços de discussão internos da universidade em que abordamos este tema, ouvimos o apelo da não implementação deste formato de reajuste”, disse a reitora Myrian Serra. 

A realização de audiências públicas em todos os campi da universidade com a presença da reitora foi outra decisão encaminhada aos estudantes. “Os recursos das universidades públicas destinados a despesas de custeio vem caindo seguidamente nos últimos anos. O orçamento do ano passado, para custeio, por exemplo, caiu 4,5% em relação ao exercício anterior. Esses contingenciamentos do governo federal, principalmente de custeio e de investimentos, tem impactado significativamente na situação financeira das Instituições de Ensino Superior Federais (IFES). Essa situação tem levado a Administração Superior da UFMT a alertar a sociedade mato-grossense sobre as consequências desses cortes orçamentários, que podem vir a comprometer, no futuro, a missão da instituição de produzir ensino, pesquisa e extensão com qualidade”, consta em trecho do documento enviado aos acadêmicos.

Atualmente é cobrado no Restaurante Universitário R$ 0,25 pelo café da manhã, R$ 1 pelo almoço ou janta. A proposta da universidade é que passasse a custar R$ 2,35 café e R$ 9,48 almoço ou janta. 

Ontem, também foi decidido pelos professores, em assembleia, no auditório da Associação dos Docentes (Adufmat) por 288 votos contrários, 47 favoráveis e 9 abstenções não deflagrar greve. O estado de greve também não foi aprovado por 165 votos contrários contra 141 favoráveis. O indicativo também foi suspenso por 181 contra 100, e 19 professores preferiram se abster. Foram considerados os votos dos quatro campi. 

Em Sinop, em abril houve protesto com faixas e cartazes na entrada da UFMT. De acordo com um acadêmico do curso de medicina veterinária para que o aumento não fosse feito de uma vez só. 

Em fevereiro, a instituição anunciou “ampliação do acesso gratuito” aos que comprovassem renda de até 1,5 salário mínimo e “acesso subsidiado para estudantes com outros fatores de vulnerabilidade socioeconômica, no limite do orçamento do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes)”. Para os demais, o valor das refeições seria pago sem subsídio nos valores citados anteriormente.  

Na última semana, universitários chegaram a ocupar o campus em Cuiabá, no entanto, a Justiça Federal expediu um mandado de reintegração de posse das instalações. Em nota a universidade expôs “preocupação com a decisão, por entender que o melhor caminho, no atual contexto, é o diálogo e a ação conjunta dos diferentes segmentos que compõem a comunidade universitária e a sociedade. Em um momento de mobilização, em que surgem posicionamentos políticos divergentes, é necessário intensificar a luta em defesa da educação pública de qualidade e acessível a todos. Nesse sentido, várias iniciativas vêm sendo adotadas, tanto no contexto administrativo interno da UFMT, quanto por meio de ações políticas desenvolvidas em conjunto por entidades representativas das universidades junto ao Governo Estadual, Federal e ao Congresso Nacional, buscando viabilizar recursos para suprir suas necessidades de custeio e investimentos, de forma a não comprometer o cumprimento do seu papel junto à sociedade”.

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