quinta-feira, 25/abril/2024
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Psicopedagoga em Mato Grosso alerta que “inteligência emocional é tão importante quanto o QI”

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Frases como “está tudo bem”, “não foi nada” e “não precisa chorar” costumam ser frequentes quando o motivo é fazer cessar as lágrimas de uma criança ou tentar conter um ataque de raiva. Apesar da intenção ser legítima, afinal ninguém gosta de ver um pequenino sofrer, essa postura desperdiça a oportunidade de ensinar as crianças a lidarem com suas próprias emoções e, consequentemente, de aprender bastante sobre si mesmas.

Identificar e encontrar maneiras saudáveis de expressar os sentimentos que nos afligem é o alicerce da alfabetização emocional – formulada nos anos 1990, quando despontaram os primeiros estudos neurocientíficos para decifrar como o cérebro humano assimila pensamentos e emoções. Essa ideia voltou a ganhar força recentemente e muitas escolas já estão incorporando tais preceitos em sua rotina.

Conforme explica a psicopedagoga e diretora de um educandário em Cuiabá, Ivete Ferreira, a alfabetização emocional tem como ponto de partida o princípio de que, assim como é possível aprender a reconhecer as letras por sua grafia e relacioná-las a um fonema, os sentimentos também podem ser identificados e associados a determinados comportamentos.“É preciso que as crianças aprendam desd e cedo a identificar as reações que as emoções provocam neles – sejam lágrimas de tristeza, sorrisos largos de alegria, mãos inquietas de ansiedade, a voz que se eleva no momento da raiva. Pois, as expressões faciais, gestos, palavras e o tom de voz refletem o que elas sentem. Mas, a alfabetização emocional não se limita a decifrar esses sinais”, destaca.

Ivete complementa que esse conceito incluiu saber comunicar os próprios sentimentos de forma adequada e produtiva, bem como perceber que as emoções influenciam nas decisões diárias e refletem constantemente sobre como cada um se sente em diferentes situações.

“A princípio, é necessário ter em mente que uma criança emocionalmente saudável não é aquela que não chora, nem se frustra ou se irrita. E sim, aquela que aprimora constantemente a compreensão sobre as próprias emoções. Na escola, trabalhamos a habilidade de reconhecer os próprios sentimentos, mas também de compreender os dos outros e a saber lidar com eles. A inteligência emocional (QE) é tão importante quanto o QI (quociente de inteligência). Não adianta a criança ser um pequeno gênio se ela não souber lidar com críticas”, pondera.

Estudos da Universidade da Pensilvânia (EUA) apontam que escolas preocupadas em ensinar resiliência e otimismo em sua rotina aumentam a satisfação com a vida, protegem as crianças contra a depressão, melhoram a aprendizagem e diminuem os índices de bullying. “O exercício dessa habilidade depende da interação com o próximo – ao fazer com que a criança compreenda que nem sempre tudo acontecerá como deseja. Ela aprende que, às vezes, é preciso esperar, recuar ou ceder”, comenta

Perder um jogo ou não ganhar um brinquedo pode fazer as crianças sofrerem, mas são ótimos treinos para as situações que elas irão precisar encarar mais adiante, no momento em que se depararem com um “não”.“Uma boa dose de pequenas frustrações pode dar às crianças um choque de realidade. Elas irão se decepcionar e chorar, mas também aprenderão. No entanto, é preciso que entendam o porquê de tal situação. Isto, para que consigam adquirir consciência crítica, que se traduzirá em aprendizado. Se surgir a birra, ofereça afeto e apoio. Explique que ela está chora ndo porque está decepcionada ou sente raiva, mas que terá que lidar com isso. Se ela estiver irritada, pergunte por qual motivo isso está acontecendo e o que pode ser feito para que passe”, sugere Ivete.

Outra habilidade emocional a ser estimulada é a autoestima. “Ao invés de elogiar a capacidade, congratule o esforço. Dessa forma, a criança será incentivada a sempre superar a si mesma. Por exemplo, ao contrário de dizer frases como ‘você é o melhor em matemática!’, diga ‘parabéns, você conseguiu terminar a lição’. A criança precisa se sentir segura, para se arriscar mais e confiar em seu próprio potencial – claro, sem depender de opiniões alheias”, alerta a psicopedagoga.

A informação é da assessoria.

 

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