sábado, 20/abril/2024
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O ovo da serpente

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Mais uma mãe denuncia o filho à polícia por droga em casa. Foi esta semana em Araçatuba, SP. Ela não aguenta mais o Estatuto da Criança e do Adolescente, lei pela qual seu filho tem sido “apreendido” e solto inúmeras vezes, sempre flagrado entregando droga. O filho é um traficante e tráfico é crime hediondo, mas o menino tem menos de 18 anos e é impune;  pode continuar cometendo o que a hipocrisia chama de “ato infracional análogo ao tráfico” e não é retirado de circulação. A mãe chamou a polícia, o menino fugiu quando soube, e a polícia se limitou a apreender o estoque de drogas que ele distribuía. Como a mãe de Araçatuba, milhares de mães pelo país estão desesperadas. No Ceará, uma mãe drogada matou o filho de 11 anos com um tiro. A maior parte dos homicídios ocorre em casa ou na vizinhança, muitas vezes envolvendo parentes e amigos.

 Enquanto especialistas estudam e se perguntam sobre a origem do crime que abala o país, com decapitações, domínio de prisões, assaltos aos milhares e mais de 160 homicídios diários, ouso imaginar que o ovo da serpente seja chocado em casa que já não é chamada de lar. A família deixou de existir nessas casas que geram essas serpentes venenosas cruéis. Apertem a segurança porque a família sumiu. Duas correntes se digladiam: a solução é construir mais escolas, defende um lado: o outro quer construir mais presídios. Pois ouso sugerir que a solução seria reconstruir a família, sem soltar nas ruas os já perdidos.

A ideologia que procura compensar a frustração da Queda do Muro de Berlim inventou o politicamente correto, os direitos humanos, a lei da palmada, para que o estado substitua os pais, pondo em prática um objetivo ideológico que nunca pôde ser  realizado pelos ditadores. Com isso, trabalham para abolir a família. Pai e mãe foram proibidos de educar, disciplinar, punir. Novas gerações foram movidas pelo prazer, pelo consumismo, pela irresponsabilidade, pelo princípio do meu direito e os outros que se danem. Respeito às leis, aos mais velhos, à autoridade, aos professores, tudo foi ladeira abaixo. E a droga acabou por romper todos os limites. Nesses seres, não há espaço para o trabalho, apenas para desejos patológicos, inclusive o de matar.

Estamos passivamente vendo nascer um país libertino, sem regras, sem leis, sem punição aos bandidos. Pais, mães e professores; juízes e policiais, estão imobilizados por leis feitas por corruptos que prepararam brechas para se livrarem. O policial não pode pôr algemas no bandido; o juiz não pode manter preso; os pais não podem dar uma chinelada no filho transgressor; o professor não pode impor disciplina. De que se queixam então, que não se pode sair à rua sem medo de assalto; de que se queixam que os impostos vão para a corrupção e não para a segurança, educação e saúde? Enquanto isso, essa conspiração para enfraquecer o Brasil vai chocando, em casas brasileiras, os ovos dessa serpente maligna.

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